John Henrik Clarke – Introdução para o livro “Sinais e Símbolos do Homem Primordial” de Albert Churchward

John Henrik Clarke – Introdução à Sinais e Símbolos do Homem Primordial – PDF
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John Henrik Clarke
– Introdução para o Livro “Signs and Symbols of the Primordial Man”
[“Sinais e Símbolos do Homem Primordial”] de Albert Churchward.

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                                                           INTRODUÇÃO

 

A re-publicação do livro, The Signs and Symbols of Primordial Man [Os Sinais e Símbolos do Homem Primordial] neste momento é mais do que adequada. O Dr. Albert Churchward foi o mais conhecido discípulo Britânico de Gerald Massey cuja obra em seis volumes, Ancient Egypt, The Light of the World [Antigo Egito, A Luz do Mundo], 2 vols., A Book of the Beginnings [Um Livro dos Primórdios], 2 vols., e Natural Genesis [Genesis Natural], 2 vols., pôs em marcha uma nova e radical abordagem à história da civilização Africana e a contribuição Africana para o pensamento social que iniciou a formação das três principais religiões do mundo: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.

É difícil avaliar o valor da grande contribuição do Dr. Churchward para a história sem se referir a seu professor mestre, Gerald Massey. Massey não começou sua carreira procurando pelo lugar da África na história do mundo. Ele era um agnóstico cuja intenção era provar que a base da civilização Européia fora criada fora da Europa por pessoas que alguns Europeus mais tarde caracterizaram como selvagens sem uma história ou uma cultura. Sua busca o levou ao Egito, onde ele encontrou a prova de que a cultura ocidental era, de fato, Africana na origem, a maior porção desta vindo principalmente do Vale do Nilo. Seu discípulo Albert Churchward continuou seu importante trabalho e neste livro leva sua busca à uma outra dimensão.

Homens como Gerald Massey e Albert Churchward estavam lutando contra uma parede de desinformação Européia sobre as contribuições dos povos não-Europeus em relação à civilização do mundo e apenas alguns estudiosos Europeus radicais foram capazes de entender o impacto total da obra de Churchward no momento em que este livro foi escrito.

Quais são as mensagens essenciais de Albert Churchward hoje em uma era de novos estudos e e novos e ousados ​​desafios ao antigo conceito sobre a história do mundo e a contribuição dos povos Africanos para a origem e o desenvolvimento da civilização e da cultura mundial?
Albert Churchward começa seu trabalho com um exame da Maçonaria, seus rituais, sinais e símbolos e sua contribuição para o pensamento social. O que ele está dizendo, em essência, é que a Maçonaria era uma parte das civilizações do Vale do Nilo. Por extensão, ele também está dizendo que a educação superior [higher learning], a qual era cuidadosamente guardada nos momentos iniciais da história, deu a luz às sociedades secretas. Nestas sociedades secretas existia a abordagem educativa que levaria ao estabelecimento das primeiras universidades do mundo. O que ele diz, de fato, é que a origem da universidade vem das civilizações do Vale do Nilo.

Povos Africanos desenvolveram sinais e símbolos como um forma de comunicar e transmitir mensagens. É lamentável que a maioria das pessoas que hoje são membros de sociedades secretas não possuam nenhum conhecimento em profundidade sobre a história da sociedade e o papel unificador que ela desempenhou no início da vida intelectual do Vale do Nilo. É através do exame de Churchward da maioria das culturas conhecidas dos povos de sua época que os sinais e símbolos do homem primordial são revelados.

Nesta conjuntura, precisamos ser lembrados de que o Vale do Nilo se estende por 4.000 milhas para dentro do corpo da África e que as criações das civilizações do Vale do Nilo não podem ser atribuidas somente à porção do norte da África que os Gregos chamaram de “Egito”. O rio Nilo foi a primeira principal rodovia cultural do mundo, trazendo povos e culturas a partir do interior do corpo da África. Esta grande migração cultural levou ao povoamento do Egito. Fazendo do Egito uma civilização composta, composta por diferentes povos Africanos que habitavam ao longo das margens do rio Nilo. A civilização que se desenvolveu no Egito foi o ápice da civilização na África.

Nenhum dos componentes que entraram na criação do que hoje chamamos de Egito veio da Europa ou da Ásia Ocidental, comumente chamada Oriente Médio. Neste ponto da história, não podemos discutir Europa, porque não havia Europa – em nome e como entidade política no mundo, a Europa não existia. Não houve nenhuma menção da Europa no início da história antiga porque naquela época a Europa estava muito ocupada tentando extrair-se do impacto da última das eras glaciais. Sobreviver e simplesmente manter-se vivos era a coisa mais séria em que os Europeus estiveram engajados naquele tempo na história primitiva.

Em conexão com este livro, há também a necessidade de examinar as obras do maior discípulo Americano de Gerald Massey, Alvin Boyd Kuhn. Kuhn é mais conhecido por seus livros, Who is The King of Glory? [Quem É O Rei da Glória?], que, na minha opinião é um dos melhores livros sobre o Cristianismo primitivo; Shadow of the Third Century [Sombra do Terceiro Século], lida com a Conferência de Nicéia e suas conseqüências, especialmente a opinião de um teólogo Africano conhecido na história como St. Agostinho. Ao referir-se a participação Européia na Conferência de Nicéia, Santo Agostinho disse, com efeito: “Essas pessoas ​​estão tentando renovar e dar de volta para nós um conceito que nós já tínhamos por mais de três mil anos” Santo Agostinho, identificando as origens Africanas iniciais do conceito que os Europeus chamariam mais tarde de Cristianismo, está indicando que este conceito existia entre os povos Africanos (sem o dogma e formalização) antes do nascimento da Europa. Na introdução para “Who is The King of Glory?” [“Quem é O Rei da Glória?“] Alvin Boyd Kuhn tem a dizer:

A picareta que atingiu a Pedra de Roseta no solo argiloso do Delta do Nilo em 1796 também atingiu um poderoso golpe no Cristianismo histórico. Pois esta libertou a voz de um passado há muito tempo sem voz para refutar praticamente cada uma das reivindicações históricas do Cristianismo com uma negativa fulminante. A literatura críptica [secreta] do velho Egito, selada em silêncio quando o Cristianismo teve a sua origem, mas assombrando-o como um espectro após o terceiro século, agora espreita adiante como um vivo fantasma saído do sepulcro para apontar seu longo dedo de acusação para uma fé que tem há muito tempo vicejado sobre a falsidade. Pois aquela literatura agora se levanta do esquecimento para proclamar a verdadeira fonte de toda a doutrina do Cristianismo como Egípcia, o produto e a herança de um passado remoto… Os livros do antigo Egito agora desvelam as sagas da sabedoria que anunciam a verdade inexorável de que nem uma única doutrina, rito, princípio ou utilização no Cristianismo foi uma nova contribuição para a religião do mundo, mas que cada artigo e prática desta fé foi uma cópia desfigurada do sistematismo do antigo Egito…

Ele estende a sua mensagem da seguinte forma:

            A Bíblia Cristã inteira, lenda da criação, descida para e êxodo do “Egito”, alegoria da arca e inundação, ‘História’ Israelita, profecia e poesia Hebraicas, Evangelhos, Epístolas e simbolismo [imagery] da Revelação [Apocalipse], todos são agora provados por terem sido a transmissão de antigos pergaminhos e papiros Egípcios nas mãos de gerações posteriores, as quais não conheciam nem a sua verdadeira origem nem o seu significado insondável… mas o simples fato de que, mesmo em meio aos remendos da ignorância e da superstição o mero fantasma, concha, casca e sombra da sabedoria do Egito inspiraram a piedade religiosa à extremos de fé e fanatismo, é um singular atestado de seu poder e majestade originais. A partir dos rolos de papiros de cinco mil a dez mil anos de idade vêm brotando à vista toda a história de um Jesus Egípcio ressuscitando dos mortos um Lázaro Egípcio em uma Betânia Egípcia, com duas Marias Egípcias presentes, o protótipo não-histórico do incidente relatado (somente) no Evangelho de João.

De forma coletiva, Gerald Massey, o mestre, e seus discípulos Albert Churchward e Alvin Kuhn revelaram as origens Africanas iniciais das três principais religiões Ocidentais. Todos esses conceitos foram desenvolvidos antes da Bíblia ser escrita e antes que a figura da história conhecida como Jesus Cristo fosse nascida. O livro de Alvin Boyd Kuhn, The Lost Christianity [O cristianismo Perdido], também precisa ser lido como uma extensão das opiniões expressas nas obras acima citadas. O Dr. Ben Yosef Jochannan, John G. Jackson e outros estudiosos modernos têm reconsiderado esta informação e preparado-a para o uso e compreensão de estudantes e professores de nosso tempo. Remeto-vos ao livro do Dr. Jochannan, The African Origins of the Major Western Religions [As Origens africanas das Principais Religiões Ocidentais], e ao de John G. Jackson, Man, God and Civilization [Homem, Deus e Civilização]. Em conclusão, como se diz na profissão legal, eu encerro meu caso [I rest my case].

 

JOHN HENRIK CLARKE

 

 

 

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2 respostas para John Henrik Clarke – Introdução para o livro “Sinais e Símbolos do Homem Primordial” de Albert Churchward

  1. Alan Gangana disse:

    Po, não tem como baixar esses arquivos em PDF não?
    Foi aqui que peguei aquele sobre a crítica ao marxismo. Não consegui baixar.

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  2. https://estahorareall.wordpress.com/ disse:

    tem sim. nesse post da Introdução de John Henrik Clarke para o livro Sinais e ”Símbolos do Homem Primordial” de Albert Churchward –
    O link para o PDF está no topo da página, logo abaixo do Título –
    – no caso do Livro da Nah Dove (Crítica Africano-Centrada à Lógica de Marx)-
    há apenas o Link do pdf, da mesma forma, logo abaixo do título. Basta clicar no Link que abre uma página com o PDF , ou se preferir, pode clicar com o botão direito do mouse sobre o link e pedir para “Salvar link como…” (baixar direto).

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